Você sabe reconhecer um flerte?
O primeiro ouviu 416 voluntários, o segundo 396 e o último contou com 486 participantes. Tudo tem início com um simples flerte, ou paquera – como era chamado antigamente. O mais impressionante é que a ciência estudou esse comportamento humano e relacionou o modo de flertar com o relacionamento que será estabelecido depois. Educado é o oposto do flerte “físico”, aposta na comunicação não sexual e mais formal. Pessoas desse tipo levam mais tempo para se aproximar e não gostam muito da etapa da paquera.
Caso não queira esperar pela conexão, é possível usar o recurso “FlashNote” e mandar uma mensagem direta para a pessoa. Ainda nesse sentido, o Bumble conta com um sistema de inteligência que identifica se os conteúdos trocados entre os usuários são considerados impróprios ou não. No pior dos cenários, a pessoa pode não retribuir seu flerte — e isso é perfeitamente normal.
Na hora de flertar, evite mandar mensagens sem objetivo ou que sejam difíceis de responder. Em vez de enviar apenas um “Oi” na DM de alguém — esperando responderem algo como “Olá, tudo bem?” –, é mais interessante puxar assunto de forma mais elaborada para ter menos chances de “ficar no vácuo”. Um bom exemplo de início de conversa pode ser “Oi! Adorei a sua postagem sobre o livro que você leu, parabéns!. Você tem alguma outra recomendação do gênero? Estou procurando por uma nova leitura…’’. Se você já tentou algumas das dicas acima, mas não obteve o resultado que esperava, talvez esteja na hora de rever seus métodos. Em meio a todas essas pesquisas, os especialistas encontraram pessoas que acreditavam que estavam transmitindo corretamente a mensagem quando, na verdade, os outros não percebiam que elas estavam flertando.
A pesquisa foi publicada no periódico Evolutionary Psychology, em 25 de março. Boa parte dos comportamentos na hora da paquera é aprendido, e não instintivo. Segundo Araceli Albino, psicóloga e presidente do Sindicato dos Psicanalistas do Estado de São Paulo, esse processo de aprendizagem começa na primeira infância, mais precisamente entre os sete e os oito anos.
Foram constatadas algumas maneiras diferentes de paquerar, segundo o estudo. Uma delas era a de falar mais baixo para que a pessoa se aproximasse, outra focava em elogios e comparações com celebridades e até a simulação de interesse em assuntos apenas para estabelecer uma relação. Poemas, mensagens de texto por celular e até perfume entraram nas técnicas de abordagem romântica.
Esses mesmos homens também não devem ser vistos como mesquinhos, pouco generosos ou como alguém que prefere trocar de parceiro com frequência. Segundo os psicanalistas, quem excede nas piadas na hora da conquista muitas vezes o faz para camuflar a timidez. É comum, por exemplo, melhores cantadas pesadas que o paquerador brincalhão não seja levado a sério e se encaixe na categoria de conquistador serial desinteressado em relações mais longas. Gouveia garante que não é esse o seu caso, mas conta que já namorou quatro vezes e os relacionamentos nunca duraram mais de dois anos.
A pesquisa ainda concluiu que as mesmas técnicas de paquera parecem ser eficazes tanto na Noruega quanto nos EUA. O flerte é apenas culturalmente dependente em menor grau, como na linguagem corporal das pessoas, no contato inicial e no grau de generosidade. Através de um questionário, os voluntários avaliaram a eficácia de 40 tipos diferentes de flerte ao procurar um relacionamento de curto ou longo prazo, com base no gênero do flerte. Também foram analisados os níveis de extroversão dos participantes, idade, quão religiosos eles eram, quão atraentes eram considerados e quão dispostos eles estavam a entrar em um relacionamento.
“…as evidências disponíveis sugerem que homens e mulheres ao redor do mundo compartilham muitos comportamentos não verbais para demonstrar interesse. Sorrir e fazer contato visual parecem ser métodos universais utilizados por homens e mulheres”, é o que afirma um dos estudos selecionados pela TIME. Monica Moore, psicóloga da Webster University, nos Estados Unidos, conduziu um estudo sobre técnicas de paquera em bares, shoppings e outros lugares que as pessoas frequentam para conhecer outras pessoas. A pesquisadora concluiu que não são exatamente os homens e as mulheres mais bonitos que atraem pretendentes, mas aqueles que demonstram disponibilidade e confiança através de sinais básicos, como contato visual e sorrisos.